Juiz presidente da comarca de Lisboa promete nova sala ou internet para julgamento

O juiz presidente da Comarca de Lisboa, desembargador Artur Cordeiro, prometeu arranjar uma nova sala, ou em caso de impossibilidade dotar a sala de audiências do tribunal de Monsanto com serviço de internet e melhores condições, até dia 26 deste mês, data definida para o recomeço de um megaprocesso com 124 arguidos.

Como o Correio da Manhã noticiou esta quarta-feira, a primeira sessão esteve marcada para a passada segunda-feira. Os 124 arguidos (apenas um está em prisão preventiva ao abrigo de outro processo) estão acusados de 882 crimes, entre os quais burla pelo método de 'phishing' (processo informático que consta no envio massivo de mensagens SMS para roubar dados bancários às vítimas).

No entanto, a sala de audiências do tribunal de Monsanto não demonstrou ter condições para acolher um julgamento que, além do grande número de arguidos, conta com cerca de uma centena de advogados. Além da falta de lugares sentados, a sala de audiências não dispõe sequer de serviço de internet, ou ligações para os computadores.

Um requerimento de um advogado fez notar esses factos e o coletivo de três juízas aceitou dedicar a tarde só para identificação de arguidos.

O CM sabe que o desembargador Artur Cordeiro, presidente da comarca de Lisboa, foi chamado a Monsanto. O magistrado aceitou a remarcação do processo para dia 26 deste mês e prometeu, entretanto, arranjar uma sala de maiores dimensões. Se tal não for possível, apurou o nosso jornal, o desembargador irá providenciar a colocação de serviço de internet, e melhores condições de trabalho na sala de Monsanto.