Leia na íntegra a acusação do Ministério Público contra José Sócrates
Investigação da Operação Marquês descobriu um complexo esquema de corrupção e branqueamento.
A acusação do Ministério Público contra José Sócrates, Carlos Santos Silva, Ricardo Salgado e mais 25 arguidos revela um complexo esquema de corrupção e branqueamento de capitais. O antigo primeiro-ministro é acusado de ter beneficiado empresas do Grupo Lena, que em contrapartida lhe pagaram milhões de euros, através de rebuscados estratagemas.
O antigo governante contava com a ajuda do amigo Carlos Santos Silva para lhe fazer chegar dinheiro em numerário. Também Armando Vara, amigo de sempre e aliado político de Sócrates, terá ajudado a desviar milhões do projeto Vale do Lobo para contas na Suíça.
O banqueiro Ricardo Salgado é acusado de ter pago subornos milionários ao antigo líder socialista e também de corromper os administradores da PT, Zeinal Bava e Henrique Grandeiro. No total, Sócrates é suspeito de ter recebido 34 milhões de euros.
O despacho final tem mais de 4 mil páginas e resulta de um inquérito em que, revela a PGR, "foram efetuadas duas centenas de buscas, inquiridas mais de 200 testemunhas e recolhidos dados bancários sobre cerca de 500 contas, quer domiciliadas em Portugal quer no Estrangeiro. Foi igualmente recolhida vasta documentação quer em suporte de papel, quer digital".
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