Letra de Angélico não foi analisada
Falta de documentos levou a que perícia para provar autenticidade do contrato não fosse feita.
A perícia à assinatura de Angélico Vieira – o cantor que morreu em junho de 2011 num acidente em Estarreja – nunca foi feita. A diligência foi pedida pelos pais há mais de dois anos, e, segundo a família, poderia comprovar que o contrato de compra e venda do BMW 635 foi falsificado. Os pais do cantor nunca terão no entanto entregue documentos originais com a assinatura de Angélico e, por isso, nada foi feito.
Esta análise da assinatura foi pedida no âmbito de uma certidão que foi extraída do processo relativo ao acidente. A mãe de Angélico garantiu que a assinatura no contrato não era do filho, e foi ordenado, em novembro de 2011, que o Ministério Público da Póvoa de Varzim investigasse a eventual prática de um crime de falsificação de documentos.
O resultado da perícia à assinatura é fundamental para que os juízes apreciem as duas ações cíveis que estão a decorrer. Uma delas foi intentada pelos pais de Hélio Filipe, a outra vítima mortal, contra os pais de Angélico. Pedem mais de 236 mil euros. A outra ação opõe a família de Angélico ao stand Impocar – de onde saiu o BMW – e começa a ser discutida em outubro na Póvoa de Varzim. Está em causa o pagamento de mais de 134 mil euros.
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