Mais de setecentas em situação grave de carência no Porto

Plano para Vagas de Frio contempla refeições completas e quentes ao almoço e jantar.

20 de dezembro de 2018 às 08:52
Plano prevê oferta de guarida noturna a sem-abrigo durante as vagas de frio com temperaturas inferiores a três graus Foto: Manuel Jorge Bento
Sem-abrigo, xxx Foto: Getty Images
Sem-abrigo Foto: Getty Images

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Em completa desproteção, sem tecto e sem retaguarda, o Porto tem cerca de 130 a 150 pessoas", indicou Fernando Paulo, vereador da Coesão Social, que avança a existência de 750 pessoas que vivem num quarto ou numa pensão, em centros de acolhimento ou na rua.

O Plano Municipal para as Vagas de Frio é discutido esta semana e inclui apoio mais dig-no: "As pessoas que durmam no Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano vão ter refeições completas e quentes ao almoço e jantar", referiu.

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Naquele espaço (antigo hospital), haverá 40 camas e 20 colchões. A estes lugares, soma-se a capacidade de outros centros de acolhimento e instituições. "E vamos manter algumas estações de metro abertas durante a noite porque há pessoas que não querem ir para os centros", indicou o vereador.

"Auscultada a Proteção Civil, são previsíveis períodos de três dias de temperaturas inferiores a três graus" neste inverno, além de outras situações excecionais, pelo que o plano municipal será "criado para ser acionado sempre que necessário", ou seja, sempre que a meteorologia o exigir.

Fernando Paulo faz um balanço "muito positivo" do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo. "Todas as situações sinalizadas são encaminhadas para o respetivo eixo de intervenção e procura-se a resposta mais adequada. Às vezes, há sinalização e a intervenção é recusada. As problemáticas de saúde mental e consumo de substâncias dificultam a intervenção na rua", explicou.

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A autarquia está a trabalhar ainda na transição das pessoas que vivem em albergues ou centros de acolhimento para apartamentos partilhados.

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