Marinha já escoltou 25 navios espiões

A Marinha Portuguesa já acompanhou este ano 25 navios espiões ou hostis à Aliança Atlântica (NATO) que passaram pela costa. A última embarcação suspeita detetada foi um navio hidrográfico da marinha russa, com capacidade para recolher dados sobre o fundo dos oceanos e depois transmiti-los aos submarinos.

A Marinha de Vladimir Putin é, de resto, uma das que está incluída no lote de nacionalidades dos navios hostis que Portugal já detetou. Fonte militar disse ao CM que também já foram alvo de acompanhamento, no corrente ano, embarcações chinesas e egípcias.

Na terça-feira à noite, o navio hidrográfico ‘Yantar’ foi descoberto pelo navio-patrulha oceânico ‘Viana do Castelo’, que regressava ao continente após uma missão no arquipélago dos Açores. A embarcação russa foi encontrada no limite norte da Zona Económica Exclusiva portuguesa e rapidamente foi lançado o alerta.

Por se tratar de um navio estranho à NATO e por não ter comunicado a natureza da missão que estava a efetuar, foi decidido fazer o acompanhamento do trajeto do navio russo.

A corveta ‘João Roby’ foi, por isso, desviada para esta missão e, já durante o dia de quarta-feira, assumiu a vigilância ao navio.

Nas horas que se seguiram, e sem nunca comunicar com os marinheiros russos que se encontravam a bordo do navio hidrográfico, a tripulação da ‘João Roby’ escoltou a embarcação até às 21h00 de quarta-feira, deixando-a no limite da Zona Económica Exclusiva portuguesa, já na costa espanhola.