Matou-se com arma de inspector da PJ
Na madrugada de 4 de Setembro de 2003, Bruno preparava-se para comprar uma arma, roubada no dia anterior a um inspector da PJ. O descuido do jovem de 20 anos originou um disparo acidental que provocou a sua própria morte, em frente ao restaurante Capa Negra, no Porto.
Segundo a acusação do MP, o inspector, dono da arma em causa, estava na Av. Antunes Guimarães, no Porto, quando foi “abordado” por Isabel, prostituta que entrou no carro e lhe propôs “favores sexuais”.
Após uma discussão, Isabel sai do carro e, “num gesto repentino”, rouba uma bolsa ao inspector, com dinheiro, cartões e o revólver de calibre .38 com cinco munições.
Isabel entrega a arma a Sérgio, seu marido, para que este arranje comprador. O objectivo, confessou Sérgio, era conseguir dinheiro para comprar droga. Surge então Bruno, jovem interessado que, em “acto exibicionista” com o revólver, o “manuseou descuidadosamente” disparando na própria direcção. Uma bala alojada no tórax revelou-se fatal.
Sérgio pegou então no revólver e entregou-o a Ricardo, um amigo que lhe guardou a arma.
A morte foi considerada acidental, pelo que os três arguidos – Isabel, Sérgio e Ricardo –, todos residentes em Gaia, são acusados de crimes menores, no caso furto, receptação e posse de arma proibida.
Sérgio confirmou toda a história em tribunal, enquanto o inspector nunca compareceu, alegadamente por razões de saúde, até que foi dispensado pelo MP.
O procurador pediu, nas alegações finais, atenuação de pena para Ricardo, apenas “um amigo ingénuo”. A sentença será dia 22.
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