Mecânico é acusado por mortes em rali
Alterações nas rodas traseiras do carro levaram a que piloto se despistasse e atropelasse mulher e duas crianças.
As alterações feitas nas rodas traseiras do carro que participava no rali sprint de Guimarães enfraqueceram as suas condições de segurança e levaram a que a viatura se despistasse e colhesse oito espetadores a 7 de setembro de 2014.
Três deles, uma mulher de 48 anos, o filho de 8 e um adolescentes, de 13, morreram. O Ministério Público acusou agora o mecânico do carro acidentado e cinco organizadores da prova de rali. Os arguidos respondem por três crimes de homicídio por negligência.
"Os esforços incidentes sobre o conjunto da roda/suspensão levaram à rutura gradual dos parafusos da fixação, à consequente frouxidão da roda traseira esquerda e à perda de controlo do veículo", diz a acusação do Ministério Público.
O procurador considera ainda que existiu uma violação das normas de segurança no rali, motivo pelo qual acusou os cinco organizadores da prova. "As zonas de risco não estavam identificadas nem protegidas com equipamentos de segurança especiais. Não estavam estabelecidas zonas específicas de segurança para o público e foi permitido que as pessoas se colocassem junto às bermas e por elas circulassem", diz.
O acidente do rali sprint vitimou Maria Cândida Fernandes e o filho, Adriano, ambos residentes na Trofa. O marido e pai das vítimas, um piloto que não participava na prova, viu tudo. Também Bruno Lopes, de 13 anos e residente em Vizela, não resistiu. Os arguidos pediram a abertura da instrução.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt