Major Vasco Brazão suspeito de subarrendar casas do Estado a turistas
Habitações surgem em sites de arrendamento de imóveis para turismo.
Casas do Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA), arrendadas a militares para usufruto dos próprios e familiares como primeira habitação, surgem em sites de arrendamento de imóveis para turismo, negócio promovido pelos militares e para beneficiar os próprios.
O Ministério da Defesa confirmou esta terça-feira que o major Vasco Brazão, arguido no processo do furto de armas de Tancos, subarrendou de forma ilegal a estrangeiros um apartamento que o Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) arrendou ao seu filho, em Lisboa.
O oficial da PJ Militar foi visado numa queixa de dois sargentos e um cabo ao general Xavier Matias, presidente do IASFA. Moradores na rua da Aliança Operária, na Ajuda, Lisboa, os militares denunciaram "a constante entrada e saída de estrangeiros com bagagens" de um prédio do IASFA.
Na sequência desta queixa, o IASFA fez uma visita ao imóvel, concluindo que o apartamento "se encontra utilizado para fins que não são os do contrato."
Segundo o relatório do IASFA, Vasco Brazão confirmou que "o arrendatário, seu filho, não estava a par da situação porque não habita a fração e que, efetivamente, de vez em quando tem alugado a casa a amigos estrangeiros." O contrato foi denunciado em 1 de outubro.
Na queixa ao IASFA foi anexada uma cópia do anúncio do imóvel colocado no Airbnb, site de arrendamento de imóveis, onde aparece uma fotografia do major Vasco Brasão.
PORMENORES
Ganha por 1 euro
Para conseguir arrendar o imóvel da avenida de Roma, em Lisboa, o major Vasco Brazão fez uma licitação de 751,01 euros, superior em apenas 1,01 euros à base de 750 euros.
PJ apanha turistas
Na investigação ao furto de armas de Tancos, a PJ fez uma busca à casa do major Vasco Brazão, na rua Aliança Operária. Os inspetores terão encontrado turistas no imóvel.
Dívida
O Instituto de Ação Social das Forças Armadas registou, em 2017, uma dívida acumulada de 63 milhões de euros, segundo o Ministério da Defesa, que assegura estar a reduzir o défice.
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