Ministério Público admite que crimes de falsificação de Sócrates e Santos Silva já prescreveram
Procurador Rosário Teixeira entende que o ex-primeiro ministro e o amigo devem ir a julgamento pelos crimes de branqueamento de capitais.
O Ministério Público admitiu esta terça-feira que os crimes de falsificação de documento imputados a José Sócrates e Carlos Santos Silva já prescreveram.
No debate instrutório do processo separado da Operação Marques, que se realiza esta terça-feira no Campus de Justiça em Lisboa, o procurador Rosário Teixeira entende, no entanto, que o ex-primeiro ministro e o amigo devem ir a julgamento pelos crimes de branqueamento de capitais.
“Estamos perante atos de corrupção cuja vantagem foi colocada na esfera de Carlos Santos Silva para beneficiar o beneficiário final - José Sócrates”, justificou.
Pedro Delille, advogado de José Sócrates, ataca o MP. “Todas as pessoas foram tratadas como criminosas pelo MP. Como disse o juiz Ivo Rosa, é tudo uma fantasia”, afirmou Delille, que deixou uma farpa a André Ventura, líder do Chega, que, ao longo dos anos, tem criticado o antigo primeiro ministro. “André Ventura foi sujeito a teste de stress durante a campanha. E perguntaram-lhe o que fazia se suspendesse a constituição 1 hora. Respondeu que julgava e prendia Ricardo Salgado, José Sócrates e Manuel Pinho”.
“Este processo não existe. E, mesmo que sim, todos os crimes, incluindo os de branqueamento, estão prescritos”, rematou.
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