Ministério Público quer homicida em prisão preventiva
Alarme social foi invocado para impedir que Joaquim Guedes continue em liberdade.
O Ministério Público (MP) de Portimão quer que Joaquim Guedes, o homem de 29 anos que matou à facada o professor, de 56, com quem mantinha uma relação homossexual, em Lagoa, seja colocado em prisão preventiva.
Detido e acusado de homicídio, ficou em liberdade, com Termo de Identidade e Residência, após ter sido apresentado ao juiz de instrução criminal, a quem confessou o crime. O magistrado justificou que não há perigo de fuga nem de continuação da atividade criminosa.
O Ministério Público entende, contudo, que o arguido deve ficar a aguardar julgamento na cadeia, não só pelos contornos do crime - a vítima, João Marcelino, foi morta com 24 facadas -, como também pelo alarme social e perturbação da tranquilidade pública resultantes do violento homicídio do docente.
O corpo de João Marcelino foi deixado de tronco nu, com as calças e as cuecas pelos tornozelos e parcialmente coberto de terra, num terreno a escassas centenas de metros da casa do homicida. O arguido disse ao tribunal que matou o professor porque este ameaçava contar o relacionamento homossexual à sua namorada, caso não aceitasse continuar com ele.
Joaquim Guedes revelou ainda que o esfaqueou depois de terem feito sexo oral.
O crime terá ocorrido no dia 1 de março e, no dia seguinte, o homicida falsificou a assinatura da vítima para lhe vender o carro. Foi detido pela Judiciária a 9 de março, no mesmo dia em que o corpo foi encontrado.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt