Morto ao recusar sexo oral a gay
Bruno atacou João na cabeça com a estaca de uma vinha.
Durante vários meses, Bruno, 26 anos, manteve uma relação amorosa gay com João, de 35. No dia 15 de dezembro do ano passado, os dois homens dirigiram-se à Cova da Areia, no lugar da Carreira, em Vacariça, Mealhada para terem relações sexuais. Porém, ao chegarem ao local, junto a uma vinha, João recusou-se a fazer sexo oral a Bruno. Este, revoltado, pegou numa estaca de madeira e atacou o amante na cabeça até à morte.
"Não queres nada comigo? Então vou matar-te", disse o arguido que está acusado de um crime de homicídio qualificado e está em prisão preventiva. O julgamento começa no próximo mês no Tribunal de Aveiro.
Após atacar João, que trabalhava como ajudante de padeiro numa freguesia de Anadia, Bruno ainda o agrediu com vários pontapés e murros na cara. Depois, e pensando que aquele ainda estava vivo, pegou num punhal que trazia à cintura e desferiu um golpe do lado direito da barriga.
Segundo consta no processo que o CM consultou, antes de fugir do local numa bicicleta elétrica e de se desfazer do punhal para um silvado, Bruno despiu e descalçou a vítima.
"Queria-o ver nu. Já o tinha visto antes. Foi uma coisa que me passou pela cabeça", referiu o homicida durante o primeiro interrogatório judicial, confirmando à juíza que se encontrava "todos os domingos" com João no local do crime – conotado com prostituição e com encontros de cariz homossexual.
O Ministério Público fala em crime por motivos fúteis. "A vítima recusou, apesar de várias insistências, manter relações sexuais com o arguido. Desagradado com o facto decidiu matá-lo por esse motivo leviano e fútil. Apenas com o propósito de tirar a vida", lê-se na acusação do Ministério Público.
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