“Mulher é nossa para toda a vida”

‘Palito' corrige presos e guardas prisionais quando lhe falam da Maria Angelina. "Não tenho ex-mulher. Estou casado até morrer", garante o duplo homicida

01 de junho de 2014 às 14:59
manuel, baltazar, palito Foto: Nuno André Ferreira
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Manuel Baltazar continua a falar de Maria Angelina como "sua mulher". O duplo homicida de Trevões garante que o casamento é eterno e não aceita, sequer, que alguém o entenda de outra forma. "Mulher é nossa para toda a vida. Estou casado até morrer", disse o homicida no Estabelecimento Prisional de Vila Real, onde se encontra em prisão preventiva.

No processo de violência doméstica, consultado pelo CM, Manuel Baltazar já tinha dito o mesmo. Garantiu ao juiz que a culpa era de Maria Angelina. Faltara à palavra: prometera ficar para sempre ao seu lado, mas saíra de casa.

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O que ‘Palito' ignorou foram os motivos da separação. Em 2009, Maria Angelina foi para uma casa-abrigo, por ser vítima de violência doméstica. Perseguida pelo ainda marido, só em 2012 conseguiu o divórcio litigioso. A tensão aumentou com a separação judicial dos bens. Maria Angelina queria metade do que ambos construíram numa vida de trabalho. Foi ameaçada, tal como os filhos, a tia e a mãe.

A 17 de abril, depois de matar Lina e Elisa Barros, respetivamente a sua sogra e a tia da ex-mulher, Manuel Palito fugiu à justiça durante 34 dias. Escondeu-se na serra, que o abrigou, e, segundo contou na cadeia, conseguiu esconder-se por três vezes dos elementos da GNR. Passaram mesmo ao seu lado. Manuel Baltazar disse ainda que escondeu a caçadeira durante alguns dias num poço. Foi no entanto buscá-la, antes de regressar a casa, onde foi preso. Fê-lo porque tinha medo de morrer

de sede.

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