Mulher que matou marido à facada e martelada diz que homem a queria violar
Professora assume crime, mas nega ter drogado o marido.
Margarida Rolo, a professora de Abrantes que assassinou o marido com 79 facadas e sete marteladas, garante que agiu em "legítima defesa", depois de ter sido atacada à joelhada por José Duarte, que a queria violar no sofá do jardim.
A arguida, de 43 anos, que começou esta sexta-feira a ser julgada no Tribunal de Santarém, disse ter passado por 12 anos de violência doméstica física, psicológica e sexual, alegando que o marido a violava e forçava a sexo anal, por "nenhuma razão, durante a noite e quando os filhos não estavam em casa".
Além disso, "queria que fizesse sexo com outras pessoas, falava em travestis", ameaçando que a matava caso continuasse a recusar-se.
A arguida contou ao tribunal que assassinou José Duarte, de 51 anos, professor de matemática, num "impulso irracional", por "medo e desespero" e não por premeditação, como sustenta o Ministério Público, negando ainda ter drogado o marido com comprimidos. Inventou um assalto à moradia por dois encapuzados, como "desculpa momentânea".
Num relato emocionado, Margarida Rolo disse que nunca se queixou, por ser "recatada".
O advogado de defesa, António Velez, entregou relatórios médicos que sustentam que tem fissuras no ânus e que sofreu uma crise de ansiedade.
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