"Não há motivo para os suspender": Comandante dos bombeiros do Fundão abre inquérito interno a suspeitos de violação no quartel
José Sousa diz que o comando vai "averiguar se há motivo para uma ação disciplinar" contra os 11 bombeiros detidos por suspeita de dois crimes de violação e um de coação sexual.
O comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, José Sousa, disse esta terça-feira que os bombeiros detidos por suspeita de dois crimes de violação e um de coação sexual vão ser alvo de um processo de inquérito interno.
"Internamente, aquilo que se está a fazer, neste momento, é um processo de inquérito. Vamos averiguar se há motivo para uma ação disciplinar. Externamente, as autoridades competentes estão a ouvir os intervenientes", explicou José Sousa à agência Lusa.
Onze bombeiros voluntários do Fundão, distrito de Castelo Branco, foram hoje detidos pela PJ por serem suspeitos de dois crimes de violação e um de coação sexual, dos quais terá sido vítima um outro bombeiro, numa praxe.
A Polícia Judiciária revelou que, através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda e em articulação com a Diretoria do Centro da PJ, deteve, fora flagrante delito, 11 bombeiros voluntários da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Fundão, pela forte suspeita de terem praticado, em duas ocasiões distintas, dentro do quartel do Fundão e de Soalheira, dois crimes de violação e um de coação sexual.
À Lusa, o comandante dos bombeiros do Fundão adiantou ainda que o resultado da investigação policial irá cruzar-se com o processo de diligências internas instaurado aos elementos da corporação.
Questionado sobre se os suspeitos se vão manter no ativo, José Sousa vincou que, "neste momento, não há motivo para os suspender".
"O nosso processo [interno] irá beber muito das conclusões da investigação policial".
Este responsável sublinhou ainda que o comando e a direção da Associação Humanitária de Bombeiros do Fundão estão empenhados em colaborar e em resolver esta situação.
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