Oito bombeiros feridos e um civil em estado grave nos incêndios em Castelo Branco

Proteção Civil indica que três fogos inspiram maiores cuidados: Vila de Rei, Rola e Vale da Cova. Porém, querem apagá-los até às sete da manhã.

21 de julho de 2019 às 00:28
Presidente da Câmara de Mação reage aos incêndios que estão a deflagrar no concelho Foto: CMTV
Partilhar

Pelo menos um civil, que vive em Vale da Urra, ficou com ferimentos graves na sequência do incêndio que lavra em Vila de Rei,Castelo Branco. O homem sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus e foi transportado de helicóptero para Lisboa. Outras oito pessoas sofreram ferimentos leves - todas agentes de proteção civil, indicaram os responsáveis durante um briefing esta noite. Três destes bombeiros ficaram feridos depois de uma colisão entre dois veículos.  

Pub

Luís Belo Costa, comandante operacional do agrupamento distrital do centro-sul da Proteção Civil, está a orientar as operações. Estimou que o objetivo é extinguir os incêndios até às sete da manhã deste domingo, e que são três fogos os que inspiram maiores cuidados: Vila de Rei, Rola e Vale da Cova. 

Belo Costa garantiu ainda que o SIRESPfunciona e está a ser usado, "naturalmente com toda a normalidade o que inclui os momentos de maior tráfego que não nos geraram dificuldade". "Manuseando bem o sistema ele responde, não falhou", frisou. 

O comandante Belo Costa indicou que cinco incêndios já não são preocupantes devido a uma intervenção musculada, mas que ainda estão a ser feitos trabalhos de consolidação. Restam os três incêndios preocupantes. Ao todo, estão alocados 1.025 operacionais no combate aos três incêndios. Ao longo do dia, doze meios aéreos combateram as chamas. 

Pub

Entre esses meios, figuraram um avião de coordenação, um helicóptero de coordenação e helicópteros de combate inicial, bem como uma parelha de aviões de ataque ampliado. Estes últimos fizeram com que cinco incêndios fossem controlados no seu início. 

"Os trabalhos estão a evoluir favoravelmente", afirmou Belo Costa. O incêndio da Rola está com mais de 90% do perímetro em resolução e com uma pequena frente ativa. O fogo de Vila de Rei é o que suscita maiores preocupações, por ter evoluído na forma de um "charuto": "é muito rápido, comprido e estreito" e ocorreram "saltos de fogo para encostas à frente da linha de propagação, o que dificulta a colocação de meios", afirmou o comandante. Porém, está a ceder aos meios de combate. 

Finalmente, 50% do incêndio de Vale da Cova está dominado. Tem as mesmas características que o de Vale de Rei. "Estamos a fazer trabalhos de consolidação com máquinas de rasto para empenhar os operacionais no combate", explicou Belo Costa. 

Pub

Espera-se que o vento acalme durante a noite, de acordo com as previsões meteorológicas, e que o aumento da humidade facilite o combate ao fogo. "O principal inimigo foi o vento", lamentou Belo Costa.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar