Padre afastado por suspeita de pedofilia no Funchal

Diocese confirma afastamento após inquérito investigado e arquivado há 13 anos.

02 de setembro de 2018 às 09:23
Padre afastado por suspeita de pedofilia no Funchal Foto: Direitos Reservados
funchal, madeira Foto: Wolfgang Kaehler/Getty Images
funchal, madeira Foto: Octavio Passos/Getty Images

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O padre madeirense Anastácio Alves, de 55 anos, foi afastado da ação pastoral pela Diocese do Funchal na sequência de uma suspeita de abuso sexual de um menor. O caso remonta a 2005, altura em que o pároco foi constituído arguido no âmbito de um processo investigado e arquivado pelo Ministério Público.

Anastácio Alves exerce há vários anos funções em França, colaborando na assistência religiosa aos emigrantes portugueses na Paróquia Portuguesa da Diocese de Paris, em Gentilly, mas os alegados abusos sexuais terão ocorrido na Madeira, onde reside o menor. A decisão de afastamento foi confirmada à Lusa pelo Gabinete de Informação da Diocese do Funchal, referindo em comunicado que está "em profunda comunhão com o Papa Francisco" e que repudia e condena a pedofilia, sendo solidário com as vítimas e com as suas famílias.

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O sacerdote, ordenado padre em 1990, foi para França em 2008, já após o processo. Foi Anastácio Alves quem manifestou vontade de assumir essa experiência pastoral na Suíça e em França. "A Diocese autorizou a sua ida com base nesse pedido e atendendo às necessidades pastorais, não havendo qualquer informação que o desaconselhasse, já que apenas se ouvia falar de um processo civil que teria sido arquivado", refere o comunicado citado pela Lusa.

O bispo António Carrilho decidiu agora afastá-lo, avisando que "todos os casos que sejam do conhecimento da Diocese levam à instauração e instrução de processos específicos tendo em vista o apuramento da verdade".

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OUTROS CASOS

Pena de 10 anos

O padre Luís Mendes foi punido com uma pena de 10 anos de cadeia por abusar de seis alunos do seminário do Fundão, onde exercia funções de vice-reitor. As vítimas tinham idades entre 11 e 15 anos.

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Abusos na Golegã

Em 2015, o padre António Santos, da Golegã, foi condenado a 14 meses de prisão, suspensa, por abusar de duas menores. Os crimes terão ocorrido em 2013 num acampamento.

Aliciava vítimas

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O tribunal aplicou uma pena de 20 meses de prisão, suspensa, ao padre da Diocese de Vila Real, Pedro Ribeiro, 31 anos, por aliciar duas meninas, de 11 e 13 anos, através das redes sociais.

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