Pais de Lisboa e Santarém denunciam má qualidade nos refeitórios
Inquérito realizado a 89 associações de pais revela falta de qualidade em 38% das escolas.
As refeições escolares nas cantinas registaram melhorias nos últimos meses, no entanto, a Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP) defende que ainda há muito a fazer. Segundo um inquérito feito a 89 associações de pais dos distritos de Santarém e Lisboa, 38% garantem que a comida servida continua a ter uma qualidade sofrível, má ou muito má.
O estudo refere que depois do despacho 10919/2017 - que criou o plano integrado de controlo da qualidade e quantidade das refeições servidas nos estabelecimentos públicos de ensino - houve "uma descida significativa da percentagem" de associações de pais que acham que a comida tem pouca qualidade.
Mesmo assim, verifica-se que a qualidade dos alimentos continua a ser considerada má para 36% das associações, aceitável para 24% e 2% consideram as refeições muito más. Apenas 9% têm a opinião que a comida é muito boa ou muito próximo disso.
Relativamente à quantidade de comida servida nas escolas públicas, o documento refere que "as alterações, para melhor, são mais significativas". "Quase já não existem escolas onde seja considerado que a comida servida é em pouca quantidade, no entanto, 8,4% das associações de pais ainda consideram que a quantidade da comida servida não é suficiente", destaca.
E cerca de 6% das associações "continuam a não poder visitar as cantinas".
Por fim, o estudo conclui que "as melhorias acontecidas ainda não são suficientes para que os alunos recebam a alimentação de qualidade a que têm direito".
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