Pedro Dias e terrorista chefiam greve de fome na cadeia
Falta de condições da alimentação levam treze reclusos de prisão de alta segurança a aderir à ação.
A revolta cresceu no recreio da cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa. Descontentes com "as más condições da alimentação servida" e com a "redução dos tempos de visita de familiares devido à escassez de guardas", um grupo de treze reclusos entrou em greve de fome.
E elegeu dois porta-vozes: Pedro Dias, o triplo homicida de Aguiar da Beira, e Abdessalam Tazi, o marroquino, de 64 anos, suspeito de recrutar combatentes para o Daesh em Portugal.
Ao que o CM apurou, o protesto ocorreu entre os dias 17 e 27 de setembro. O grupo de reclusos participante manteve-se sempre nas respetivas celas, recusando-se a ingerir quaisquer refeições. A Pedro Dias, e ao marroquino Tazi, juntaram-se outros três reclusos mediáticos a cumprir pena em Monsanto: Fábio Cigano e ‘El Ruso’ Lohrman e José Maidana, os dois argentinos suspeitos de assaltos a carrinhas de valores.
Fonte oficial dos Serviços Prisionais confirmou ao CM a ocorrência do protesto, acrescentando ainda que cada um dos participantes na greve de fome "teve de preencher um boletim de comunicação de fim do protesto, alegando as respetivas razões para a aderência ao mesmo". A situação já está, segundo a mesma fonte, normalizada dentro da cadeia.
PORMENORES
Leguminosas
A direção da cadeia comprometeu-se a colocar à venda, na cantina da prisão de Monsanto, embalagens de leguminosas. Os reclusos que quiserem podem adquiri-las.
Agressões
Na 6ª feira, Paulo Almeida, condenado a 25 anos de prisão pelos homicídios de Alexandra Neno e Diogo Ferreira, foi agredido por outro recluso no pátio de Monsanto. Foram hospitalizados.
Violência
Dois dias depois, no domingo, ao que o CM apurou, um outro recluso de Monsanto, suspeito de ter violado um preso noutra cadeia, foi agredido com violência no pátio. Recebeu tratamento.
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