Pica-Pau quer GNR
Ajustes de contas ligados ao tráfico de droga terão estado na origem dos tumultos que, anteontem à noite, obrigaram à intervenção ‘musculada’ da GNR no bairro do Pica-Pau, no Monte da Caparica, Almada. Face à insegurança, a população pede a abertura urgente de um posto da GNR, que patrulha a zona com militares do posto territorial da Trafaria.
O tráfico de droga é, de resto, um companheiro quotidiano dos habitantes da Alcaniça, onde anteontem à noite ocorreram os tumultos. Sem se quererem identificar, moradores e comerciantes da zona apontaram ao CM todos o mesmo sítio.
"Entre as ruas da Bela Vista e da Alcaniça, 24 horas por dia, há sempre gente a vender droga", explicaram.
Rivais pelo domínio do negócio, grupos do bairro Branco e do bairro do Pica-Pau juntam-se, à noite, para conversar e beber. E os conflitos, por vezes, acontecem.
Pelas 20h30 de terça-feira, um grupo com 20 a 30 pessoas cortou a rua da Alcaniça e envolveu-se em confrontos físicos. "Houve alguns arremessos de pedras", explicaram moradores. O descontrolo dos distúrbios levou à chamada da GNR, mas as patrulhas do posto da Trafaria revelaram-se incapazes de conter a situação. Só militares do Destacamento de Intervenção conseguiram fazer dispersar os desordeiros. Não houve detidos nem identificados. Fonte da GNR admitiu ao CM que foram recuperados vestígios de, pelo menos, um engenho incendiário, um cocktail molotov. No Monte da Caparica, patrulhado por militares do posto da Trafaria, pede-se um posto da GNR . No entanto, fonte oficial não reconheceu, em tempo útil, que haja planos para a instalação desta infra-estrutura.
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