PJ admite aumento de membros de grupos de tráfico de droga do Brasil em Portugal

Homem detido na semana passada, em Cascais, é 'Hulk', membro do PCC.

18 de novembro de 2025 às 23:14
Polícia Judiciária Foto: Direitos Reservados
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O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) admitiu esta terça-feira que o número de pessoas com ligações a grupos de tráfico de droga do Brasil, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), pode ter aumentado em Portugal.

Em declarações feitas esta manhã aos jornalistas, na sede da PJ, em Lisboa, Luís Neves falou sobre a presença em Portugal de membros de organizações criminosas ligadas ao tráfico de droga, tendo confirmado que o homem detido na semana passada, em Cascais, é 'Hulk', membro do PCC.

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Luís Neves destacou "o trabalho de sapa, persistente e de formiguinha que os profissionais da PJ tiveram e que levou à captura daquele que é considerado um dos elementos mais relevantes dessa organização criminosa [do PCC]".

Este membro do PCC e a sua mulher foram detidos na semana passada, no âmbito de dois mandados de detenção internacional, emitidos pelo Brasil, por crimes de associação criminosa, corrupção e branqueamento de capitais, tal como informou a PJ no sábado passado.

Os dois ficaram em prisão preventiva por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, estando a aguardar neste momento o processo de extradição, adiantou à Lusa fonte ligada ao processo.

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Em relação à presença de membros deste tipo de organizações em território nacional, o diretor nacional da PJ admitiu que o número "provavelmente pode ter aumentado" e explicou que esse fenómeno pode ser explicado por diversos fatores: a pressão que as autoridades brasileiras têm feito no combate ao tráfico de droga, a proximidade entre os dois países e a questão da língua.

O tráfico de droga do Brasil para Portugal é um problema que "merece toda a atenção" da Polícia Judiciária, garantiu Luís Neves, que falou aos jornalistas à margem da conferência "Crimes sexuais: construir a mudança", que decorreu esta terça-feira.

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