28 detidos e cem vítimas identificadas em megaoperação de combate ao tráfico humano no Alentejo

Suspeitos integram estrutura criminosa que se dedica à exploração de cidadãos imigrantes para trabalharem em explorações agrícolas.

21 de novembro de 2023 às 10:10
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Pelo menos uma centena de imigrantes, de países como a Roménia, Moldávia, Ucrânia, Índia, Senegal e Paquistão, estavam a ser vítima de exploração em propriedades agrícolas do Baixo Alentejo, em especial nas localidades de Cuba e Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja.

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Os detidos encontram-se fortemente indiciados pela prática de crimes de associação criminosa, de tráfico de pessoas, de auxílio à imigração ilegal, de angariação de mão-se-obra ilegal, de extorsão, de branqueamento de capitais, fraude fiscal, ofensas à integridade física, posse de arma de fogo e falsificação de documentos.

Os detidos encontram-se fortemente indiciados pela prática de crimes de associação criminosa, de tráfico de pessoas, de auxílio à imigração ilegal, de angariação de mão-se-obra ilegal, de extorsão, de branqueamento de capitais, fraude fiscal, ofensas à integridade física, posse de arma de fogo e falsificação de documentos.

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Na sede da PJ, em Lisboa, a inspetora Manuela Santos, da Unidade Nacional de Contra Terrorismo, adiantou que a denúncia destes crimes de exploração partiu de pessoas que viviam perto daquelas propriedades e não das próprias vítimas, "uma vez que se encontram numa situação de grande fragilidade".

"As pessoas eram aliciadas por anúncios. Estamos a falar de uma zona [Alentejo] envelhecida e carenciada de recursos humanos", justificou.

A inspetora disse ainda que os trabalhadores ganhavam entre 100 e 250 euros por mês, quando lhes prometiam "800, 900, mil ou mais".

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Segundo a responsável, o que lhes explicavam é que a diferença "ficava retida" para pagamento do alojamento, alimentação e transporte.

A operação policial, através da Unidade Nacional Contra Terrorismo, envolveu 480 operacionais e decorreu no âmbito de dois inquéritos titulados pelo DIAP de Évora. A Força Aérea Portuguesa e a Segurança Social no encaminhamento das vítimas estão a colaborar com as autoridades.

Os detidos vão ser presentes esta quarta-feira a primeiro interrogatório judicial, tendo em vista a sujeição às medidas de coação tidas por adequadas.

Foi, ainda, feita uma seleção cuidada de vítimas por parte da Polícia Judiciária, para recolher testemunhos que podem levar a mais suspeitos. Testemunhos foram feitos recorrendo a tradutores.

Os detidos vão ser presentes esta quarta-feira a primeiro interrogatório judicial, tendo em vista a sujeição às medidas de coação tidas por adequadas.

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