Polícia escutado a vender bastões

José Braz suspeito de agressões e segurança ilegal.

24 de novembro de 2017 às 01:30
José Braz, agente da PSP detido Foto: Direitos Reservados
polícia, corrupto, bastões, segurança, José Braz, Torres vedras Foto: Direitos Reservados
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José Braz, o agente da PSP de Torres Vedras que está entre os dez detidos da operação que a Unidade Nacional de Contraterrorismo da PJ levou a cabo contra a violência na noite da zona de Torres Vedras, foi apanhado em escutas telefónicas a vender bastões policiais.

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O crime de posse e tráfico de armas ilegais é, por isso, um dos delitos pelos quais está indiciado. O agente Braz era frequentador assíduo da noite, tendo chegado a fazer segurança para diversos bares e discotecas. O negócio de armamento ilegal apanhado pela PJ terá sido captado no âmbito dos trabalhos de segurança ilegal feitos pelo polícia, praticante de kickboxing e considerado violento.

O segundo agente da PSP detido, de apelido Fernandes, está colocado na esquadra da Guarda. A investigação da PJ considera-o suspeito de, entre outros crimes, um crime de falsificação de documentos. Ao que o CM apurou, o agente terá fornecido os dados pessoais a um amigo para que este se visse livre de uma infração de trânsito.

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Entre os sete civis presos na mesma operação está Ricardo Fernandes, de 32 anos, praticante de alta competição também de kickboxing. Comercial da empresa de segurança Mama Sume, é detentor dos títulos nacional, europeu e mundial do desporto de combate. O atleta do Sporting é alvo de várias queixas de agressões e chegou ele próprio a ir parar ao hospital na sequência de várias rixas.

Seis dos dez arguidos do processo, incluindo o militar da GNR João Pina e o agente da PSP da Guarda, foram interrogados pelo juiz Ivo Rosa logo na quinta-feira. Todos ficaram sujeitos a termo de identidade e residência. Os outros quatro continuavam ontem à noite a ser ouvidos pelo magistrado.

Empresa L.B. sem ligação aos crimes   

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A L.B. - Segurança Privada esclarece que se limitou nas buscas da PJ a prestar "toda a colaboração no âmbito da investigação, posto que não tem, nem nunca teve, qualquer envolvimento nos factos" noticiados. Não foram detidos quaisquer dos seus funcionários "no âmbito dos factos sob investigação, posto que os sujeitos envolvidos não têm, ou nunca tiveram, qualquer vínculo laboral" com a empresa. Esclarece a L.B. que a empresa e a sua gerência "não são intervenientes, de qualquer tipo, no âmbito da investigação em curso", tendo apenas "prestado total colaboração" com as autoridades, como "é seu apanágio".

PORMENORES

Preso à saída

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José Braz, agente da PSP de Torres Vedras, foi preso perto das 07h00 de terça-feira, à saída da esquadra.

Operação da PJ

A investigação é da Unidade de Contraterrorismo da PJ, especializada na criminalidade organizada, mais grave e violenta.

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