Português foi surpreendido com refugiados no camião
O indivíduo foi ouvido pelas autoridades e "pôde retomar viagem".
As autoridades francesas afirmaram esta sexta-feira à agência Lusa que o português ouvido esta semana pela polícia depois de terem sido encontrados refugiados no seu camião foi surpreendido pela sua presença e "pôde retomar viagem".
A informação foi dada por um responsável das autoridades locais de Senlis, que confirmou que o condutor era português, sem avançar a sua identidade, precisando que o indivíduo foi ouvido pelas autoridades e que "pôde retomar viagem" já que "não tinha qualquer implicação porque as pessoas entraram no camião sem ele saber".
Também a Procuradoria de Compiègne disse à agência Lusa por email que "o camionista era, de facto, português, mas não foi feita nenhuma acusação contra ele", recusando avançar com a identidade do trabalhador.
O caso foi revelado esta terça-feira pelo jornal Le Parisien, depois de « 15 pessoas terem sido descobertas num camião frigorífico na estação de serviço de Ressons-sur-Matz", a menos de uma centena de quilómetros de Paris. Em comunicado enviado à agência Lusa, a direção da polícia da região de Oise (Préfecture) indicou que "um grupo de 28 migrantes - de jovens declarando ser de nacionalidade iraquiana - foi intercetado esta terça-feira de manhã pela guarda na autoestrada A1 quando se dirigia para Lille".
Camionista não foi acusado
"Os 13 primeiros foram detetados pela guarda da autoestrada de Senlis; 15 outros foram descobertos num camião frigorífico na estação de serviço de Ressons-sur-Matz. Eles abrigaram-se no camião e fecharam a porta à chave. Um deles ligou para os bombeiros para alertar para a situação deles", explica o documento.
No mesmo comunicado adianta-se que "a intervenção rápida dos bombeiros e da guarda permitiu orientá-los para os hospitais da região onde receberam os primeiros socorros, estando fora de perigo". "O condutor do camião frigorífico, que estava a almoçar aquando da intervenção dos bombeiros e da guarda, foi ouvido pela guarda para investigação", continua o documento.
Por fim, no comunicado lê-se que se trata "visivelmente de iraquianos que queriam chegar à Grã-Bretanha" e que lhes vai ser proposto um centro de acolhimento.
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