Posto de socorro da Cruz Vermelha em risco de fechar na Ilha da Culatra
Cerca de 400 famílias podem perder “um serviço indispensável”.
A ilha da Culatra está em risco de perder o posto local de atendimento da Cruz Vermelha por falta de apoio. A organização fala de uma dívida acumulada de milhares de euros, que é "incomportável", mas está a tentar encontrar apoios para manter os primeiros socorros na ilha. Já a associação de moradores não quer perder "um serviço indispensável para uma população que vive isolada".
"São 400 famílias, com crianças e idosos, que estão em risco de ficar sem uma socorrista que está disponível 24 horas por dia e que é praticamente a primeira pessoa a chegar quando há situações de emergência", explicou, ao CM, Sílvia Padinha, da Associação de Moradores da Culatra.
O fecho deve-se à falta de apoio financeiro, uma vez que é a Cruz Vermelha de Faro que tem assumido os custos por inteiro depois de, em 2012, ter terminado o Contrato de Desenvolvimento Local Social, que foi feito na inauguração, em 2009, e era a principal fonte de financiamento.
"Temos acumulado uma dívida de 20 mil euros por ano nos últimos três anos. Queremos que a estrutura se mantenha porque aquela população precisa, mas temos de conseguir apoios para a sustentar", disse ao CM Norberto Martins, presidente da delegação de Faro da Cruz Vermelha.
Para evitar o fecho, o dirigente tem-se desdobrado em reuniões com vários organismos, como a autarquia de Faro ou a ARS/Algarve para garantir verbas. A junta de freguesia local comprometeu-se a dar 2500 euros anuais.
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