Professor pedófilo exige sexo em troca de roupa

Criança de 10 anos foi obrigada a práticas sexuais numa casa de banho do Colombo

18 de agosto de 2014 às 07:55
professor, pedofilia, Marco de Canaveses, abusos sexuais, crianças, José Carlos Veríssimo Foto: Rafaela Cadilhe
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Um dos meninos abusados pelo professor de Educação Física José Carlos Veríssimo foi obrigado a praticar sexo oral numa casa de banho do Centro Comercial Colombo. Segundo a acusação do Ministério Público, o docente, de 34 anos, ofereceu roupa à criança, mas exigiu, depois, que esta lhe satisfizesse os instintos sexuais. "Vais pagar pelo que te fiz", disse ao menino, obrigando-o, ainda no centro comercial, a satisfazê lo sexualmente.

A acusação – na qual José Carlos Veríssimo responde por 435 crimes de abusos sexuais – dá ainda conta de que, depois de ter sido preso, em fevereiro deste ano, os familiares do arguido tentaram pressionar os menores. Esta situação não é, aliás, inédita, já que, aos 17 anos, quando foi acusado de ter abusado de um menino de oito anos, também um seu familiar terá conseguido que os pais do menor retirassem a queixa. Ainda segundo a investigação da PJ, há várias situações de abusos consumados. José Carlos Veríssimo abordava alunos das escolas de futebol e dos estabelecimentos de ensino onde lecionava. Foram detetados casos no Marco de Canaveses, em Lisboa, Leiria e na Madeira.

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Outra situação detetada é a chantagem exercida pelo professor sobre as crianças. O docente afirmava que conseguia que treinassem em grandes clubes, prometendo mesmo uma carreira de sonho no mundo do futebol. Quando os menores se mostravam relutantes em colaborar e davam mostras de desconforto, o professor ameaçava os. Assegurava que ninguém acreditaria nas suas palavras.

Por se tratar de um caso de abusos sexuais – e as vítimas terem menos de 12 anos –, o Ministério Público pediu exclusão de publicidade. Foram ouvidas mais de 100 crianças, mas apenas 9 assumiram os abusos.

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