Professor nega 439 abusos

Treinador garante que todos os crimes, pelos quais responde em tribunal, são uma cabala.

30 de abril de 2015 às 19:00
José Carlos Veríssimo, treinador Foto: D.R.
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José Carlos Veríssimo não admite nenhum dos 439 crimes de abuso sexual pelos quais está acusado. O professor de Educação Física e treinador de futebol juvenil, de Marco de Canaveses, foi ouvido durante todo o dia de ontem no Tribunal de Penafiel e garante que tudo não passa de uma cabala montada para o destruir. Perante o júri, aceitou prestar declarações e explicou todos os factos que constam na acusação do Ministério Público. Falou sobre o seu relacionamento com os menores e do comportamento que teve para com estes durante as aulas e os treinos. Em momento algum assumiu ter mantido atos sexuais com as vítimas.

De mãos a cobrir o rosto, o professor, 36 anos, chegou ao tribunal pouco depois das 10h00. Calmo e colaborante, José Carlos Veríssimo respondeu a todas as questões do tribunal. No final do dia, ouviu as declarações prestadas para memória futura dadas pelo sobrinho, que também é suspeito de ter sido abusado, entre 2009 e 2013. Diz a acusação que o primeiro ataque aconteceu quando o menino tinha apenas oito anos.

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José Carlos Veríssimo responde por crimes cometidos contra nove crianças. No processo, foram ouvidos mais de 100 menores. Nove assumiram os abusos. Os crimes remontam ao período entre 2010 e 2013, quando o arguido lecionou em escolas de Lisboa, no Funchal (Madeira) e em Marco de Canaveses. As vítimas tinham entre os sete e os 12 anos.

No final da primeira sessão, Hernâni Gomes, advogado de José Carlos Veríssimo, afirmou que a acusação do Ministério Público tem várias imprecisões. "Há crimes de que o arguido está acusado que não foram cometidos. Vou tentar mostrar que o que está na acusação não é exatamente o que ocorreu", referiu.

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