Proteção para mãe e bebés
A forte ligação entre Afroja Akther, 25 anos, e os dois filhos – menina de um ano e meio e menino de um mês – levou a que a Comissão de Proteção de Crianças não tenha em momento algum equacionado separar a jovem das crianças.
A mãe, que na segunda-feira tentou suicidar-se com os dois bebés ao colo na ponte D. Luís, no Porto, está em regime protegido com os filhos, numa casa-abrigo em local desconhecido. O marido, suspeito de violência doméstica, está, para já, impedido de contactar com os dois filhos, que não vê desde o incidente.
Afroja, sabe o CM, já foi avaliada por vários técnicos da CPCJ e também da Segurança Social. Encontra-se bem tanto a nível físico como psicológico e tudo indica que o que aconteceu foi um ato isolado, causado, na sua versão, pela agressão de que foi vítima por parte do marido.
Todo o agregado familiar está agora a ser avaliado. Agentes da PSP estiveram, inclusive, ontem novamente na loja que Hannan Repari, a quem foi instaurado um processo de violência doméstica, possui na rua Chã, a cerca de 200 metros da ponte da qual Afroja Akther pretendia atirar-se num ato de desespero. O objetivo é perceber as condições em que a família vivia e se Hannan, natural do Bangladesh, como a mulher, tinha já manifestado comportamentos agressivos.
Tudo será fundamental para determinar o que irá acontecer à mãe e aos dois filhos bebés e se existem condições para que aqueles regressem a casa – isto caso Afroja assim o deseje.
Tal como o CM noticiou ontem, a morte da mãe e das duas crianças menores foi impedida pela rápida atuação de um vigilante do Metro do Porto. Paulo Silva, de 47 anos, viu a mulher na ponte e resgatou-a rapidamente, impedindo-a de se lançar ao Douro com as duas crianças. Foram todos hospitalizados, tendo saído anteontem.
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