Provoca colisão mortal por causa de bruxedo

Arguido acusado de dois crimes de homicídio qualificado.

14 de setembro de 2015 às 01:00
Deolindo Crispim, Ministério Público, Mariana Fidalgo, Arlindo, Mealhada, Aveiro, crime, lei e justiça, bruxedo, colisão morta, homicídio, crime Foto: Nuno Fernandes Veiga
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Deolindo Crispim, 71 anos, estava revoltado com o casal de vizinhos e acusava-os de estarem a enganar a sua mulher, que estava doente e apresentava sinais de demência. Em causa, diz o Ministério Público (MP), estaria o facto de Mariana Fidalgo se ter oferecido para tirar o quebranto – uma espécie de bruxedo feito através de rezas – à sua companheira. Insatisfeito com a falta de resultados do ritual, e de forma a cumprir as constantes ameaças de morte, o homem engendrou um plano para se vingar dos vizinhos.

Conhecedor das rotinas de Mariana e Arlindo, esperou-os numa zona de reta do IC2, na Mealhada, e mal viu o quadriciclo em que seguiam acelerou e embateu-lhes violentamente de frente. Arlindo, 70 anos, teve morte imediata, e Mariana sofreu graves ferimentos, estando atualmente numa cadeira de rodas. Em prisão preventiva, o arguido está a ser julgado no tribunal de Aveiro, acusado de dois crimes de homicídio qualificado, um deles na forma tentada.

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O crime remonta ao dia 20 de dezembro do ano passado. Diz o processo que Deolindo estava inconformado com o bruxedo feito por Mariana e entendeu que estes estavam a fazer tudo por maldade. Foi então que escolheu um dia em que o casal se dirigia para uma feira para os matar. Acabou detido pela PJ.

No início do julgamento, Deolindo negou o crime. Disse apenas que estava a dirigir-se para casa, depois de ter visitado a mulher num centro de dia.

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