PSP descobre dez crianças a brincar no meio de sucata que funcionava como creche em Sintra

Intervenção em Casal de Cambra revela creche ilegal. Pais nem sabiam a localização do espaço.

14 de julho de 2025 às 12:14
PSP descobriu crianças com menos de três anos na creche ilegal Foto: Nuno André Ferreira
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Uma intervenção da PSP numa creche ilegal em Casal de Cambra, Sintra, levou à descoberta de dez crianças com menos de três anos totalmente sozinhas enquanto brincavam entre sucata e ferro velho enferrujado. Alguns dos pais não sabiam sequer onde se localizava o espaço uma vez que as crianças eram recolhidas por um motorista.

A operação, no dia 10 de julho, envolveu o Serviço de Ação Social da Junta de freguesia de Casal de Cambra, Serviço Municipal de Proteção Civil de Sintra e da Polícia Municipal de Sintra. Segundo a PSP, "o decurso da fiscalização, foi confirmado que o espaço em causa não dispunha de qualquer tipo de licenciamento para o exercício da atividade, nem reunia as condições mínimas exigíveis de segurança, higiene ou salubridade para acolhimento de menores".

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"No local foram encontradas dez crianças com idades compreendidas entre os 0 e os 3 anos, entregues a si mesmas e sem qualquer tipo de supervisão no momento da chegada das autoridades. As crianças encontravam-se a brincar diretamente num pátio, sobre um piso de calçada, rodeadas de sucata, ferro velho enferrujado, madeiras pontiagudas e ferramentas, representando um risco sério e iminente para a sua integridade física", acrescenta a PSP em comunicado.

Os progenitores foram logo contactados e alertados para irem recolher os filhos, mas "vários pais revelaram não saber a localização exata da creche, tendo apenas conseguido aceder ao local através da partilha de coordenadas GPS, uma vez que os filhos eram recolhidos por um motorista ao serviço da referida ama/creche".

Durante a recolha das crianças, alguns encarregados de educação reportaram marcas suspeitas e hematomas nos filhos, situação que foi transmitida às entidades competentes para investigação.

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A identificação da creche terá ocorrido, segundo os próprios, através de anúncios em plataformas online e redes sociais, sem que alguns pais tenham estado fisicamente no espaço.

Ninguém foi detido e o processo encontra-se agora sob investigação.

"A PSP apela aos cidadãos para que verifiquem sempre a legalidade das instituições a quem confiam os seus filhos, e denunciem situações suspeitas através das plataformas oficiais ou presencialmente nos departamentos policiais", alerta o Comando de Lisboa.

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