Megaoperação da PSP numa habitação ilegal em Sintra

A PSP está a realizar uma segunda megaoperação em dois dias numa habitação ilegal, em Queluz, Sintra, onde moram vários imigrantes. Depois de na terça-feira ter sido identificado um antigo externato, em Massamá, onde moram perto de cem imigrantes, esta quarta-feira trata-se de um edifício de escritórios que terá sido alterado, há cerca de seis meses, para lá morarem imigrantes.

No edifício com mais de 20 quartos improvisados, foram identificados 18 quartos ocupados numa casa, sem qualquer licença de habitação, onde deveriam funcionar escritorios. A PSP e a Polícia Municipal fizeram uma megaoperacao em Massamá depois de várias denúncias.

Para os 18 quartos, existe apenas uma cozinha e duas casas de banho.

Alguns habitantes deram conta dos quartos através da internet. À CMTV chegam denúncias de más condições, humidade, infiltrações e danos que chegaram a várias zonas comuns do edificio.

Segundo um comunicado divulgado pela Câmara Municipal de Sintra, "foi possível contabilizar a existência de mais de 18 agregados familiares a habitar em situação de indignidade num edifício sem o devido licenciamento". 

A autarquia revelou ainda que as "situações a priorizar para atendimento e acolhimento, tal como na operação de dia 18 de março em Massamá, serão os agregados familiares com crianças a cargo e outros cidadãos com problemas de saúde ou outras necessidades que os coloquem em maior risco.

A porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, subcomissária Ana Raquel Ricardo, disse à Lusa que, embora a operação desta quarta-feira não tenha relacionamento direto com a realizada na terça-feira em Massamá, "são do mesmo âmbito".

As valências de autoridades presentes são também semelhantes às presentes na operação de terça-feira, segundo esta responsável, que adiantou estarem no local elementos da Câmara Municipal de Sintra, ASAE, Autoridade de Saúde e elementos de investigação criminal, de fiscalização e trânsito da PSP, além de elementos da esquadra local.

O caso estará ligado à operação policial de terça-feira a um antigo externato de Massamá que servia de habitação ilegal de imigrantes. Os valores pagos para os quartos de Queluz são muito semelhantes aos do externato.