Draga de 80 metros vira em Olhão e fere quatro trabalhadores
Aparelho tem pequenas fugas de combustível, mas Autoridade Marítima diz que não existe risco ambiental.
Uma draga com 80 metros de comprimento, que participava numa operação de reposição de areias, virou esta terça-feira na barra da Armona, em Olhão. Quatro trabalhadores ficaram feridos.
Segundo a Autoridade Marítima Nacional, o alerta foi dado às 08h10, e uma embarcação da Polícia Marítima e outra da Estação Salva-vidas de Olhão seguiram de imediato ao auxílio dos trabalhadores.
"O incidente ocorreu logo após a mudança de turno dos trabalhadores, numa altura em que o táxi marítimo que os transportava ainda se encontrava na área", é dito.
Os trabalhadores caíram à água e tiveram de ser resgatados, apresentado "sintomas de hipotermia à chegada a terra". Um deles poderá ter uma lesão "na coluna cervical".
"Sabe-se que o navio tem 12.000 litros de gasóleo, no entanto a possibilidade de risco ambiental está posta de lado", garante a Autoridade Marítima Nacional.
Draga tem pequenas fugas de combustível
A draga que se virou hoje na barra do Lavajo, na ilha da Armona, em Olhão, tem pequenas fugas de combustível, embora a Autoridade Marítima considere que não existe risco ambiental, disse à Lusa fonte da Marinha.
De acordo com o Capitão do Porto de Olhão, Nunes Ferreira, "existem pequenas fugas de combustível, embora as condições do tempo minimizem o risco, provocando a sua evaporação".
"A intensão é retirar ainda hoje o combustível da embarcação, estando o caso a ser avaliado pelas autoridades marítimas e pela empresa proprietária da draga, empresa que tem 48 horas para resolver a situação", sublinhou Nunes Ferreira.
Má acomodação de carga pode ter contribuído para virar draga
Uma má acomodação de sedimentos nos depósitos da draga que operava junto à barra da Armona, em Olhão, pode ter contribuído para provocar a viragem da embarcação, disse o presidente da Câmara, António Miguel Pina.
O autarca frisou, no entanto, que é cedo para tirar conclusões definitivas, porque ainda estão a ser investigadas as causas da viragem da draga.
"Pode ter a ver com má acomodação das areias dentro do barco ou algum excesso de carga que fez com que o barco virasse. Mas são suspeições", afirmou António Pina.
O presidente da Câmara de Olhão, uma das 16 do distrito de Faro, precisou que a embarcação em causa participava nos trabalhos de dragagem no Lavajo e "o local de retirada [de areias] era a barra e o de deposição era a praia do Barril", em Tavira.
Questionado sobre a possibilidade de derrame de combustível dos depósitos da embarcação virada, António Pina respondeu ter recebido a informação de que "os depósitos não tinham grande quantidade" de combustíveis e as autoridades marítimas "estavam a tentar perceber como poderiam eventualmente acautelar ou minimizar essa situação".
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