“Queremos o António”

"Queremos ‘O António’. Não queremos o hotel". A afirmação é de populares e funcionários do conhecido restaurante da praia de Porto de Mós que ontem se concentraram junto ao estabelecimento, encerrado desde dia 19 de Agosto pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), por falta de licença da Câmara de Lagos.

28 de agosto de 2011 às 00:30
PRAIA, PORTO DE MÓS, RESTAURANTE, DEMOLIÇÃO, LAGOS Foto: Miguel Veterano Junior
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Um abaixo-assinado contra o encerramento e anunciada demolição do restaurante, promovido pela Associação Miradouro da Luz, foi ontem efectuado no local. Sally Vincent, inglesa, de 67 anos, residente há 40 no Burgau, foi uma das subscritoras: "Se o restaurante desaparecer para dar lugar a um hotel com sete pisos, será uma calamidade", referiu ao CM. Uma opinião partilhada pelas quase 600 pessoas que assinaram o documento.

Emanuel Vinagre, gerente do restaurante que existe há cerca de 40 anos, teme pelas "20 famílias" que dele dependem .

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A Câmara de Lagos atribui a responsabilidade do caso "às entidades privadas que há nove anos protagonizam o diferendo": a Omniasol, que quer construir um hotel de 4 estrelas naquele terreno, e António Protázio, dono do restaurante. E revela ter sido informada, em Julho passado, da sentença do Supremo Tribunal de Justiça, que condena António Protázio "a restituir à Omniasol a parcela do seu terreno que vem ocupando". Um facto que "não deixou dúvidas à autarquia sobre a titularidade do terreno".

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