Rampa provoca mal-estar na GNR
Aviso de serviço, para o fim de semana, chegou a menos de três dias da prova, o que indignou os militares.
Alguns militares da GNR de Braga estão indignados com a anulação de folgas, com aviso prévio de apenas três dias, por causa das necessidades de reforço do policiamento na prova automobilística Rampa da Falperra.
Apesar de se tratar de trabalho gratificado, há militares que, por razões pessoais, preferiam não realizar o serviço. No entanto, são obrigados a fazê-lo. A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) já denunciou a situação ao comando central da GNR, em Lisboa.
"Há militares que estão há cinco semanas sem descanso, o que é uma situação inadmissível", diz Paulo Pinto, representante da zona Norte da APG.
A agravar a situação, no fim de semana seguinte, 23 e 24, realiza-se na zona Norte, o Rali de Portugal, o que vai afetar todos elementos da GNR dos distritos de Braga, Vila Real, Viana do Castelo e Porto.
"Nestas provas, os militares trabalham 14 ou 18 horas seguidas, o que é desumano. Além disso, os serviços gratificados são mal pagos e, por vezes, espera-se mais de um ano pelo dinheiro", assegura Paulo Pinto.
Contactado pelo CM, o comando da GNR de Braga confirma a queixa da APG, mas sublinha que se trata de "uma situação extraordinária" e que as folgas devidas aos militares "serão restituídas em breve".
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