Rede de contrabando internacional acusada de fraude
23 arguidos acusados de burla no valor de 12,6 milhões de euros.
Uma rede de contrabando internacional de tabaco com 23 membros (entre os quais uma empresa legalmente constituída), que durante dois anos usou Portugal como plataforma de passagem de dezenas de milhões de cigarros que depois eram vendidos, livres de impostos, no estrangeiro, foi acusada de associação criminosa, fraude e fraude fiscal, contrabando e falsificação de documentos pelo Ministério Público.
A burla em impostos ao Estado português está estimada em 12,6 milhões de euros de impostos não pagos.
A investigação ao grupo (que tem 17 portugueses, um brasileiro, dois ingleses e três espanhóis), foi feita pela Unidade de Ação Fiscal (UAF) da GNR. Uma empresa da margem sul do Tejo, legal, fazia chegar a Portugal camiões de tabaco, de marcas cuja venda não é autorizada no espaço Schengen. O produto era armazenado e, depois de conferido pela Autoridade Tributária, retirado ilegalmente e colocado fora de Portugal para venda.
Em maio de 2017, a UAF apreendeu 99,2 milhões de cigarros, 27 carros, 70 telemóveis, 14 armas e 584 munições, e 163 500 €. Um dos arguidos está preso e outro em domiciliária.
PORMENORES
Unidade condecorada
A Unidade de Ação Fiscal da GNR foi condecorada pelo Ministério da Administração Interna com a medalha de ouro de serviços distintos.
Património arrestado
Durante a investigação da UAF foi recuperado, através do Gabinete de Recuperação de Ativos, património imobiliário do grupo no valor de 500 mil euros.
Venda ilegal
Depois de retirado sem o conhecimento da Autoridade Tributária, o tabaco era vendido em Espanha e Inglaterra.
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