Reflorestação do Pinhal de Leiria só avança no outono
Plano incide na recuperação dos danos causados no fogos.
A reflorestação do Pinhal de Leiria, devastado durante os incêndios de 15 de outubro, só vai avançar no outono do próximo ano. Até lá, o Governo espera agilizar a burocracia necessária e, no primeiro trimestre de 2018, conta ter pronto o plano de reflorestação para o pinhal.
A garantia foi dada pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, que, na terça-feira, 19, marcou presença no pinhal para acompanhar os primeiros trabalhos de estabilização do terreno.
Nas dunas sobranceiras ao vale do ribeiro de Moel, operacionais da GNR procediam à limpeza dos terrenos, enquanto consolidavam quatro hectares de solos arenosos com barreiras e plantavam espécies autóctones junto ao leito do rio - tais como salgueiros e freixos - que vão permitir firmar os terrenos.
Miguel Freitas admitiu, na ocasião, que não vai ser fácil mudar mentalidades no que diz respeito à floresta. "Temos de fazer isto de forma a que seja interiorizado por esta população. É um choque psicológico", disse o governante.
O plano de reflorestação do pinhal, que vai contar com a colaboração de universidades nacionais, encontra-se agora em preparação e terá um período de intervenção de entre seis a oito meses. "Vamos deixar que o pinhal rebente para aproveitar, nas áreas principais, a regeneração natural", adiantou o secretário de Estado.
Segundo o governante, o Pinhal de Leiria vai ter "de continuar a ter um pinhal", mas haverá um novo conceito, "quer do ponto de vista florestal, quer do ponto de vista da segurança", disse.
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