Refugiados e escolas alvos de ataque racista
Centro de acolhimento de refugiados vai apresentar queixa no Ministério Público.
A tensão racial iniciada a 25 de maio com o homicídio de George Floyd às mãos da polícia de Minneapolis, Estados Unidos, já chegou a Portugal. Depois de a estátua do padre António Vieira, em Lisboa, ter sido pintada com a palavra "descoloniza", as escolas secundárias de Sacavém e da Portela, em Loures, e a Eça de Queiroz, em Lisboa, foram vandalizadas com mensagens racistas e xenófobas.
Também o Centro de Acolhimento de Refugiados (CAR) da Bobadela, Loures, e o mural de homenagem a José Carvalho, na Amadora, militante de extrema-esquerda assassinado em 1989, sofreram danos. Os atos foram denunciados pelo deputado municipal do Bloco de Esquerda Ricardo Moreira. Os autores colocaram frases racistas como "Portugal é branco!", "fora com os pretos!" e "deportação de minorias já!". Fonte do CAR da Bobadela disse ao CM que vai apresentar queixa ao Ministério Público.
A PSP está a investigar todas as situações. Dependerá agora do Ministério Público se a investigação se ficará apenas pelo crime de dano, ou poderá evoluir para eventuais crimes de discriminação racial.
Deixam comunista com danos irreversíveis
O Ministério Público deduziu esta semana acusação contra 27 pessoas, militantes do movimento neonazi ‘Portugal Hammerskins’.
A lista de crimes é extensa e inclui homicídios qualificados tentados, posse de armas ilegais, sendo comum a todos o crime de discriminação racial.
Os alvos primordiais eram negros, homossexuais e militantes comunistas. Num dos 82 crimes, um apoiante do PCP foi espancado, ficando com danos irreversíveis.
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