Revisor da CP que atacou 'graffiters' na Maia não vai a julgamento
Juiz de instrução considerou que o revisor "apenas potenciou de forma residual o já elevadíssimo risco de acidente".
Um juiz de instrução decidiu esta quinta-feira não levar a julgamento um revisor da CP que em 2015 atacou com pó químico de extintor, junto a um apeadeiro da Maia, três 'graffiters' que acabaram atropelados mortalmente por um comboio.
O Ministério Público tinha arquivado o inquérito-crime sobre o caso, deixando inconformados os familiares de dois dos 'graffiters', estes de nacionalidade espanhola, que pediram ao Juízo de Instrução Criminal de Matosinhos para rever a decisão.
A morte dos dois 'graffiters' espanhóis e de um português ocorreu às 20h30 de 07 dezembro de 2015 no apeadeiro Palmilheira-Águas Santas, na Maia, quando aqueles estariam a tentar grafitar as carruagens de um comboio que ali se encontrava parado e outra composição se cruzou a quase 120 quilómetros por hora, atropelando-os.
Antes do atropelamento, os 'graffiters' foram atingidos com pó químico de um extintor empunhado pelo revisor.
Os familiares dos 'graffiters' consideraram que a nuvem de pó químico gerada impediu os jovens de ver o comboio que os viria a atropelar.
A tese não convenceu o juiz de instrução criminal.
O que fez o revisor, considerou o juiz de instrução, "apenas potenciou de forma residual o já elevadíssimo risco de acidente".
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