SÃO JOSÉMARIA ESCRIVÁ 'PAI' DE UMA SANTIDADE MODERNA

Roma, a cidade eterna, vai acolher no próximo dia 6 de Outubro uma multidão de centenas de milhares de fiéis, vindos de todos os continentes, para assistirem à canonização do Beato Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei.

27 de setembro de 2002 às 22:08
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Será um momento inolvidável para todos os filhos e filhas espirituais deste sacerdote espanhol, mas também para toda a Igreja Católica já que o beato Josemaria Escrivá passa a ser reconhecido não apenas como o fundador do Opus Dei, mas igualmente pela santidade da sua vida que é como que uma seta que aponta um caminho de santidade para todos os fiéis baptizados.

Um caminho tangível, uma santidade moderna, feita do quotidiano e por isso mesmo alcançável por qualquer cidadão comum. De facto, hoje toda a igreja reconhece na figura do santo Josemaria Escrivá a santa determinação de chamar todos os fiéis à santidade de vida. Uma santidade feita de coisas pequenas, detalhes da vida familiar e profissional que santificam toda uma vida.

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Aquilo que a Igreja hoje acha ser óbvio: que todos somos chamados à santidade, deve-o muito ao apostolado incansável deste sacerdote espanhol que gastou toda a sua vida sacerdotal a dizer que o trabalho, todo o trabalho sério, honesto e honrado é santificador e santificável; o trabalho quotidiano do médico, do professor, do político, do estudante, da dona de casa, do artista, do operário, do padre, do futebolista, etc..., se for um trabalho perfeito, feito com amor e doação, e sentido sobrenatural, será um trabalho que santifica aquele que o realiza com esse objectivo: santificar-se e santificar o mundo através do seu trabalho quotidiano e da sua vida corrente de cada dia é hoje o desafio que muitos católicos tornam presente nas suas vidas graças ao apostolado da santidade iniciado pelo novo santo que João Paulo II canonizará no próximo 6 de Outubro.

Ainda nem se pensava que iria decorrer o Concílio do Vaticano II, já Monsenhor Escrivá, inspirado por uma graça divina, vislumbrava aquilo que viria a ser e é hoje uma grande "Obra de Deus" - Opus Dei, a obra do apelo sistemático a uma santidade que é para todos, que é um chamamento universal à santidade de vida.

Convenhamos que nas primeiras décadas do século passado este vislumbre foi de uma clarividência invulgar. Agora, com a canonização, é o Santo Padre e toda a hierarquia da Igreja que reconhece o óbvio. Esta maneira moderna de ser santo, sem sair de sua casa, sem mudar de vocação ou de trabalho, em qualquer idade e em qualquer lugar, numa profunda sintonia espiritual com o Papa e com a Igreja, deve-se a um dos santos mais carismáticos do século XX, deve-se a São Josemaria Escrivá, "pai" de uma santidade moderna, para todos os filhos e filhas de Deus.

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