Serial killer do Algarve era cliente habitual de prostituta encontrada carbonizada junto ao IC1

Pai e a irmã de José Mascarenhas também foram chamados a tribunal, mas decidiram não prestar declarações.

09 de outubro de 2025 às 01:30
Corpo de Josielly Rodrigues foi encontrado carbonizado Foto: direitos reservados
José Mascarenhas está a ser julgado no Tribunal de Faro Foto: Nuno Alfarrobinha

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Uma amiga de Josielly Rodrigues garante que José Mascarenhas era um "cliente fixo" e tinha "uma certa intimidade" com esta mulher, de nacionalidade brasileira, que se dedicava à prostituição e cujo corpo foi encontrado carbonizado num terreno junto ao IC1, em São Marcos da Serra.

Na segunda sessão do julgamento de José Mascarenhas, apelidado como 'serial killer' do Algarve, que já foi julgado pela morte de Tatiana Mestre e irá ser julgado em breve pela morte da motorista de TVDE Sandra Andrade, foram ouvidas várias testemunhas.

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Entre elas uma amiga da vítima, que garantiu que o suspeito era cliente habitual de Josielly e que mantinham uma relação próxima. "Ela era muito ingénua e não tinha maldade nenhuma", referiu a testemunha.

O pai e a irmã do arguido também foram chamados a tribunal como testemunhas, mas decidiram não prestar declarações, o que é permitido por lei por se tratar de familiares próximos.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o suspeito usou o carro da namorada para praticar o crime. Foram feitas perícias dentro da viatura, e os investigadores encontraram os telemóveis do suspeito e da vítima, bem como fios de cabelo que correspondem ao perfil genético de Josielly.

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O filho da ex-companheira, cujo carro foi utilizado para cometer o crime, quando questionado pelo procurador do MP, afirmou que, apesar do carro ser da sua mãe, José conduzia-o frequentemente, uma vez que não tinha viatura própria.

Durante a audiência foi ainda ouvida a médica do gabinete médico-legal de Beja que fez a autópsia.

'Kenny', como é conhecido, está acusado de sete crimes entre os quais de homicídio, sequestro e profanação de cadáver.

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Na primeira sessão de julgamento o suspeito disse estar de "consciência tranquila" e que não é verdade o que está na acusação.

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