Sigilo profissional adia interrogatório de advogado na Operação Marquês
Sessão interrompida quando advogado Gonçalo Trindade Ferreira prestava depoimento.
Foi quando estava a falar sobre as questões relativas à venda das casas da mãe de José Sócrates ao amigo do antigo primeiro-ministro, Carlos Santos Silva, num processo em que teve intervenção, que o sigilo profissional de Gonçalo Trindade Ferreira, arguido e advogado de profissão, foi colocado em causa pelas juízas do caso Operação Marquês.
Gonçalo Trindade Ferreira começou ontem a ser interrogado mas a juíza Susana Seca questionou-o sobre se tinha a certeza de que queria prosseguir ou se tinha noção de que as palavras que se seguiam poderiam colocá-lo na mira de um processo disciplinar movido pela Ordem dos Advogados. O arguido confirmou que fez dezenas de levantamentos de milhares de euros a pedido de Santos Silva e que guardou o dinheiro num cofre.
"Se não falo é porque não falo, se falo muito levo com um processo judicial, é desconfortável", afirmou Gonçalo Trindade Ferreira. A sessão foi interrompida e o arguido continua a falar na terça-feira se a decisão da Ordem dos Advogados chegar ao processo.
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