Sindicato denuncia "falta de segurança" em acidente mortal

Sindicalistas responsabilizam Governo por aumento de mortes no setor da construção.

01 de abril de 2015 às 17:40
Bragança, acidente mortal, acidente laboral Foto: Ana Borges Pinto
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O presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, denunciou esta quarta-feira que foram "violados os meios de proteção de forma grosseira" na morte de um trabalhador soterrado, na terça-feira, numa vala, em Bragança.

O dirigente sindical argumentou ter conhecimento de que "não havia qualquer escoramento" com proteção metálica da terra e pedras acumuladas durante a abertura da vala com mais de quatro metros. O entulho desabou sobre o trabalhador.

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Para o presidente do sindicato, "os responsáveis têm de responder criminalmente" por este acidente e Albano Ribeiro responsabiliza também o Governo pelo aumento do número de mortes no setor da construção.

Aumento de acidentes mortais

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O dirigente afirmou que o atual Governo "é o primeiro em 20 anos que não apoiou nenhuma candidatura do Sindicato" para ações de pedagogia nas questões relacionadas com a Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho.

Albano Ribeiro defendeu que a estas ações se deveu "uma descida acentuada dos acidentes mortais no setor", ilustrando que "em 1997 registaram-se 196 mortes e 35, em 2014". "Este ano estamos a assistir a um aumento de acidentes mortais", declarou, sem concretizar números.

O presidente afiançou, contudo que o Sindicato continua a realizar ações junto dos trabalhadores da construção e uma das próximas será na barragem do Baixo Sabor, que se encontra em fase de conclusão, no sul do distrito de Bragança.

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Sindicato apoia família

Albano Ribeiro garantiu ainda que o Sindicato "porá os seus meios à disposição da família" do trabalhador de 27 anos, que morreu, na terça-feira, soterrado numa obra de requalificação de uma das entradas da cidade de Bragança.

O acidente ocorreu pelas 15h30 e, de acordo com os bombeiros, quando o socorro chegou ao local a vítima apresentava "ténues sinais de vida e acabou por falecer".

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A vítima residia em Bragança e trabalhava para uma empresa de construção civil que está a realizar para a Câmara de Bragança trabalhos de requalificação da entrada sul da cidade que consistem na beneficiação de passeios e construção de um ramal de saneamento.

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