Só um terço dos arguidos foram condenados a prisão efetiva por crimes sexuais em 2024

Dados do Ministério da Justiça referem que 425 pessoas foram condenadas por abuso sexual, lenocínio, e pornografia de menores

19 de novembro de 2025 às 01:30
drogas, crimes sexuais Foto: Direitos Reservados
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Apenas 145 (um terço do total de 425) dos arguidos condenados, no ano passado, por crimes sexuais (abusos, lenocínio e pornografia de menores), foram castigados com penas efetivas de prisão. O dado foi esta terça-feira revelado pela Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ), por ocasião do Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e os Abusos Sexuais. 

A grande maioria destes condenados, 40,5%, tinham entre 30 e 49 anos. Apenas 1,4% foram mulheres. As mesmas estatísticas caraterizam ainda a violência sexual na infância em Portugal. Citando dados de 2022, a DGPJ recorda que mais de 176 mil pessoas referiram ter sido vítimas de abusos sexuais na infância, até aos 15 anos. A classe etária dos 35 aos 54 anos foi a prevalente. No ano passado, foram registados 3237 crimes contra menores, 1418 (43,8%) dos quais respeitavam a crimes de abuso sexual de crianças. 

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Numa conferência realizada esta terça-feira, para marcar o dia europeu para a proteção das crianças contra a exploração sexual, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou já ter detido 269 suspeitos de crimes sexuais, nos primeiros 10 meses deste ano. Em 2024, tinham sido apanhadas 251 pessoas. Em causa, explicou o diretor-nacional da PJ, Luís Neves, estão crimes de coação sexual, violação, abuso sexual de menores e menores dependentes, atos sexuais com adolescentes, e pornografia infantil.

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