Sofia Fava é arguida na Operação Marquês
'Ex' de Sócrates suspeita de fraude fiscal.
A ex-mulher de José Sócrates, Sofia Fava, foi constituída arguida, na quarta-feira, no âmbito da Operação Marquês por suspeita de crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, adiantou fonte da Procuradoria-Geral da República.
"O Ministério Público ouviu, na qualidade de arguida, Sofia Fava. O interrogatório, no âmbito da designada Operação Marquês, teve lugar ontem [quarta-feira]", adiantou a mesma fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR) à agência Lusa.
Fonte da PGR acrescentou que a "arguida, que ficou sujeita à medida de coação de termo de identidade e residência, está indiciada por factos suscetíveis de integrarem os crimes de fraude fiscal e branqueamento".
O Correio da Manhã revela, na edição desta quarta-feira, que Sofia Fava passou à condição de arguida na Operação Marquês, tendo sido ouvida na quarta-feira no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) pelo procurador Rosário Teixeira e por elementos da Autoridade Tributária (AT) que acompanham a investigação.
Sofia Fava era uma das destinatárias das verbas de Sócrates, através do empresário Carlos Santos Silva, arguido no mesmo processo.
A Operação Marquês já conta com mais de uma dezena de arguidos, entre os quais o ex-primeiro-ministro José Sócrates, que esteve preso preventivamente mais de nove meses, tendo esta medida de coação sido alterada para prisão domiciliária, com vigilância policial, a 04 de setembro de 2015.
Desde outubro que José Sócrates está em liberdade, embora proibido de contactar com outros arguidos do processo.
Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.
Entre os arguidos no processo da Operação Marquês estão, além de Sócrates e, agora, de Sofia Fava, o ex-administrador da CGD e antigo ministro socialista Armando Vara e a sua filha Bárbara Vara, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, João Perna, antigo motorista do ex-líder do PS, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro.
O MP enviou uma carta rogatória para Angola para constituir arguido o empresário luso-angolano Helder Bataglia.
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