Solução para o Cachão avança no próximo ano
Resíduos tóxicos que resultaram de incêndios numa fábrica, em 2013 e em 2016.
Pode estar para breve o início de uma nova vida para o Complexo Agro-Industrial do Cachão, no concelho de Mirandela. A retirada das toneladas de resíduos tóxicos, que ficaram para trás em consequência dos incêndios de setembro de 2013 e de fevereiro de 2016, depois de mais recuos do que avanços, pode ter solução à vista já no início do próximo ano.
A data, ainda que provisória, é avançada pela presidente do município de Mirandela.
"É uma questão de saúde pública e, por isso, é uma prioridade. Estamos a fazer com que a posse dos novos órgãos da direção da Agro-Industrial do Nordeste (AIN) seja o mais rápida possível. A entidade é que vai preparar e submeter uma candidatura ao Fundo Ambiental, com o apoio da CCDR-N e da Associação de Municípios da Terra Quente. A partir daí, esperamos ter via verde para a retirada do lixo", explicou a edil Júlia Rodrigues ao CM
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, garantiu na sexta-feira passada ao deputado José Silvano (PSD), eleito pelo distrito de Bragança, que a verba necessária para a remoção (entre 270 a 300 mil euros) está prevista, em declarações à margem da discussão do Orçamento do Estado.
A AIN, composta pelas câmaras de Mirandela e Vila Flor, que atualmente gere o espaço, tinha tentando uma candidatura ao extinto Fundo de Intervenção Ambiental (FIA), que foi rejeitada.
"Esta verba peca por tardia. Esta decisão é técnica mas também política. Julgo que as visitas de muitos políticos de diferentes áreas e partidos permitiu tornar esta questão numa prioridade política", conclui Júlia Rodrigues.
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