Supressão de comboios deixa empregos em risco
Passageiros da Linha do Oeste estão revoltados com a supressão de comboios e com alterações nos horários.
A supressão de comboios e as alterações nos horários na Linha do Oeste - que faz a ligação entre Agualva-Cacém e a Figueira da Foz - geraram uma onda de revolta junto dos passageiros, que denunciam que as falhas no serviço ferroviário estão a colocar em causa os seus empregos.
Há um ano e meio que Sofia Henriques se deslocava diariamente de Torres Vedras para as Caldas da Rainha, onde trabalhava, mas, no início de julho, acabou por perder o emprego a tempo inteiro, devido à falta de transporte. "Este último ano e meio foi um inferno devido ora a supressões de comboios por causa de avarias nas composições, ora a greves, uma situação que piorou com a redução de horários nos comboios", critica Sofia Henriques.
Questionado sobre a reposição dos horários nesta linha, o Secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, garante que a situação será regularizada em novembro. O Governo tem também em marcha um plano de modernização das principais linhas ferroviárias do País até 2022, que privilegia as ligações a Espanha.
"A eletrificação da Linha do Minho ficará ainda este ano concluída do Porto a Viana do Castelo e, no final do próximo ano, estará eletrificada até Valença, ligando toda esta região à Galiza (Espanha)", garantiu o primeiro-ministro, António Costa. A Infraestruturas de Portugal informou ainda que após várias reuniões, a Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário desconvocou a greve que estava prevista para hoje, quarta-feira e sábado.
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