Suspeitos de tráfico de pessoas em silêncio no início do julgamento em Vila Real

Homem de 34 anos e uma mulher de 31 foram detidos.

15 de novembro de 2018 às 18:26
Tribunal de Vila Real Foto: Direitos Reservados
Tribunal de Vila Real Foto: Sérgio Freitas
Tribunal de Vila Real Foto: CMTV

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Os dois arguidos acusados de tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal recusaram-se esta quinta-feira, no início do julgamento, a prestar declarações ao coletivo de juízes do Tribunal de Vila Real.

O Tribunal de Vila Real começou esta quinta-feira a julgar um homem de 34 anos e uma mulher de 31 anos, que foram detidos, em Vila Real, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em janeiro e que, desde então, se encontram em prisão preventiva.

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Os arguidos são de nacionalidade congolesa mas viajavam com documentação angolana. Chegaram ao Porto no dia 08 de janeiro, provenientes de Angola, e apanharam um autocarro com destino a França, a bordo do qual foram detidos pelos inspetores do SEF, acompanhados de três filhos menores do arguido.

O Ministério Público (MP) imputa aos dois a coautoria dos crimes de tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal, recaindo sobre o arguido ainda a acusação de pornografia de menores, por lhe ter sido apreendido um telemóvel com ficheiros de imagens com cariz sexual envolvendo crianças.

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Na primeira sessão do julgamento, os dois arguidos optaram por não prestar declarações ao coletivo de juízes.

Foram ouvidos os inspetores do SEF e ainda uma responsável da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) que acompanhou os menores quando estes foram retirados ao pai e entregues a uma instituição.

De acordo com a tese do MP, o homem, que é pai das três crianças, tinha a intenção de levar os menores para França com o objetivo de "ali os deixar a cargo de terceiros, cuja identidade não foi apurada, a fim de essas pessoas virem a beneficiar de forma indevida e fraudulenta de apoios sociais".

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A arguida, segundo o MP, tinha a intenção de se juntar ao namorado em França, pelo que os dois se terão unido e tentaram "criar a aparência de um agregado familiar de modo a ser mais fácil deslocarem-se para Portugal" e acederem ao espaço Schengen.

O MP acredita que os arguidos "tinham como intenção levar os menores para paradeiro distinto do indicado quando da obtenção do visto, tendo falseado tais elementos".

O julgamento prossegue no dia 22 de novembro.

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