Suspeitos do furto e viciação de veículos julgados em Matosinhos

Sete pessoas estão acusadas do alegado furto de 90 de viaturas, no valor global de 1,5 milhões de euros.

05 de setembro de 2018 às 12:55
Tribunal de Matosinhos Foto: António Rilo
Tribunal de Matosinhos Foto: António Rilo
Tribunal de Matosinhos condenou o professor a pagar indemnização de 3500 euros às vítimas Foto: Eduardo Martins

1/3

Partilhar

Sete pessoas começaram esta quarta-feira a ser julgadas em Matosinhos pelo alegado furto de 90 de viaturas, no valor global de 1,5 milhões de euros, que acabaram viciadas e vendidas no mercado de usados ou desmanteladas para reutilização das peças.

Segundo o processo, os arguidos, ligados a oficinas de reparação automóvel ou a sucatas, recorriam a tecnologia avançada para iludir os dispositivos antirroubo e os crimes terão ocorrido pelo menos desde 2016, sobretudo no Grande Porto.

Pub

A PSP deteve os suspeitos nos primeiros meses de 2018, sendo que aqueles foram acusados pelo Ministério Público de crimes como associação criminosa, furto qualificado e falsificação de documentos ou recetação.

No processo havia um total de novo arguidos, mas foi impossível notificar dois deles, pelo que o coletivo de juízes do Tribunal de Matosinhos, da Comarca do Porto, decidiu a separação do processo.

Dos suspeitos que continuam em julgamento, um esteve ausente na sessão de hoje e dos restantes só um aceitou prestar depoimento inicial.

Pub

Trata-se de um antigo reparador de tacógrafos que falou ao tribunal para desvalorizar o seu papel no grupo, argumentando que consistiria em "levar e trazer o carro de apoio" para os locais onde se consumava o furto de automóveis.

Secundou a tese do Ministério Público segundo o principal arguido, um de dois em prisão preventiva à ordem do processo, era quem indicava as características dos veículos a furtar.

Conforme disse, os operacionais que furtavam as viaturas (das marcas Renault e BMW) era composto em geral por mais dois arguidos.

Pub

Para iludir alarmes e pôr a trabalhar os carros com tecnologia mais sofisticava, usavam "uma máquina pequenina ligada a uma ficha", afirmou, numa alusão a dispositivos eletrónicos que, segundo o processo, seriam importados da China.

Embora sem prestar declarações nesta sessão, o alegado mentor do grupo prometeu fazê-lo mais tarde.

"Só falo depois das testemunhas. De momento não quero", disse.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar