Suspeitos do furto e viciação de veículos julgados em Matosinhos
Sete pessoas estão acusadas do alegado furto de 90 de viaturas, no valor global de 1,5 milhões de euros.
Sete pessoas começaram esta quarta-feira a ser julgadas em Matosinhos pelo alegado furto de 90 de viaturas, no valor global de 1,5 milhões de euros, que acabaram viciadas e vendidas no mercado de usados ou desmanteladas para reutilização das peças.
Segundo o processo, os arguidos, ligados a oficinas de reparação automóvel ou a sucatas, recorriam a tecnologia avançada para iludir os dispositivos antirroubo e os crimes terão ocorrido pelo menos desde 2016, sobretudo no Grande Porto.
A PSP deteve os suspeitos nos primeiros meses de 2018, sendo que aqueles foram acusados pelo Ministério Público de crimes como associação criminosa, furto qualificado e falsificação de documentos ou recetação.
No processo havia um total de novo arguidos, mas foi impossível notificar dois deles, pelo que o coletivo de juízes do Tribunal de Matosinhos, da Comarca do Porto, decidiu a separação do processo.
Dos suspeitos que continuam em julgamento, um esteve ausente na sessão de hoje e dos restantes só um aceitou prestar depoimento inicial.
Trata-se de um antigo reparador de tacógrafos que falou ao tribunal para desvalorizar o seu papel no grupo, argumentando que consistiria em "levar e trazer o carro de apoio" para os locais onde se consumava o furto de automóveis.
Secundou a tese do Ministério Público segundo o principal arguido, um de dois em prisão preventiva à ordem do processo, era quem indicava as características dos veículos a furtar.
Conforme disse, os operacionais que furtavam as viaturas (das marcas Renault e BMW) era composto em geral por mais dois arguidos.
Para iludir alarmes e pôr a trabalhar os carros com tecnologia mais sofisticava, usavam "uma máquina pequenina ligada a uma ficha", afirmou, numa alusão a dispositivos eletrónicos que, segundo o processo, seriam importados da China.
Embora sem prestar declarações nesta sessão, o alegado mentor do grupo prometeu fazê-lo mais tarde.
"Só falo depois das testemunhas. De momento não quero", disse.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt