TAP garante colaborar com autoridades após buscas sobre indemnização a ex-administradora
"A TAP não comenta processos judiciais e colabora sempre com as autoridades em todas e quaisquer investigações", reagiu a companhia aérea.
A TAP garantiu esta terça-feira que colabora com as autoridades em todas as investigações e rejeitou comentar processos judiciais, após o Ministério Público ter anunciado buscas na companhia aérea, relacionadas com a indemnização à antiga administradora Alexandra Reis.
"A TAP não comenta processos judiciais e colabora sempre com as autoridades em todas e quaisquer investigações", reagiu a companhia aérea, em resposta escrita enviada à Lusa.
A TAP está esta terça-feira a ser alvo de buscas relacionadas "com a atribuição de indemnização aquando da renúncia de uma vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da TAP", anunciou o Ministério Público.
As buscas abrangem ainda um escritório de advogados em Lisboa e "pesquisas em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo", refere, numa nota, a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa.
Em causa estão suspeita da prática de crimes de administração danosa, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder.
Em 2022, a TAP esteve envolvida numa polémica devido ao pagamento de uma indemnização de 500 mil euros à então administradora Alexandra Reis pela sua saída da companhia, por mútuo acordo entre as partes.
A TAP divulgou, no Sistema de Difusão de Informação (SDI) da CMVM, em 04 de fevereiro de 2022, um comunicado no qual informava que "tendo sido nomeada pelos anteriores acionistas, e na sequência da alteração da estrutura societária da TAP, Alexandra Reis, vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da TAP" tinha apresentado naquele dia "renúncia ao cargo", decidindo encerrar aquele capítulo da sua vida profissional e "abraçando agora novos desafios".
A TAP e Alexandra Reis celebraram um acordo de cessação de relações contratuais, por iniciativa da TAP, como veio a companhia explicar após a comunicação à CMVM, que implicava pagamento de uma indemnização de cerca de 500.000 euros à administradora.
Este caso tornou-se público numa altura em que Alexandra Reis era já secretária de Estado do Tesouro da equipa do ministro Fernando Medina e motivou a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito.
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