Temperaturas de sábado bateram recordes com 70 anos

As temperaturas máximas chegaram quase aos 45 graus e bateram recordes históricos este sábado, dia da tragédia de Pedrógão Grande, confirmou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

"Em muitas estações meteorológicas do interior, foram batidos máximos de junho, em alguns casos desde há 70 anos, com temperaturas próximas dos 45 graus", disse Nuno Moreira, chefe de previsão meteorológica do IPMA.

O responsável confirmou ainda que a trovoada provocou descargas elétricas em Pedrógão Grande antes do incêndio. "A primeira descarga foi alguns minutos antes da hora em que foi reportado o início do incêndio, e depois continuou a haver descargas sobre aquela região", disse, frisando que "a previsão de trovoadas é das previsões mais difíceis de fazer".

Nuno Moreira assegurou ainda que houve a comunicação necessária entre o IPMA e a Proteção Civil.

O presidente do IPMA, Miguel Miranda, atribuiu o incêndio à conjugação de temperaturas altas, baixa humidade, e descargas elétricas associadas a trovoada seca, além da rápida mudança de direção do vento e pouca água no solo.