Trabalhadores do Norte ganham menos 64 euros

Quase um em cada cinco jovens nortenhos com menos de 25 anos não tem emprego.

22 de dezembro de 2018 às 07:33
Alto Minho é a sub-região do Norte do País que registou a maior redução na taxa de desemprego Foto: Direitos Reservados
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Os trabalhadores por conta de outrem da região Norte ganharam, em média, no terceiro trimestre, 827 € por mês, um valor 64 € abaixo da média nacional (891 €) e que representa um crescimento (2,5%) mais modesto do que o registado no trimestre anterior (4,5%).

Os dados constam do relatório Norte Conjuntura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, que indica a existência de 132 mil desempregados na região.

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A taxa de desemprego manteve-se, a Norte, nos 7,2%, sendo que mais de metade dos desempregados estão nesta situação há mais de um ano e 38,1% procuram trabalho há mais de dois. Um em cada cinco nortenhos com menos de 25 anos (19,4%) está desempregado.

O Alto Minho continua a ser a sub-região com a maior quebra nas taxas de trabalhadores sem emprego, com Paredes de Coura em destaque (menos 38,5% num ano).

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O ‘boom’ turístico apresentou sinais de franco abrandamento. Apesar de o número de dormidas e de hóspedes ter subido no trimestre do verão, os lucros baixaram para níveis de 2013. O emprego nesta atividade registou uma descida de 4,8% face ao mesmo trimestre de 2017.

Pelo contrário, o emprego na construção subiu 16,5%, sendo que este setor retoma o crescimento, com o aumento do número de obras licenciadas e do crédito às famílias a registar valores positivos pela primeira vez nos últimos anos, no Norte.

Por isso, o custo por metro quadrado continua em valorização (8,1% no espaço de um ano).

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Neste trimestre, o aumento mais acentuado nos preços no consumo foi em produtos energéticos (7,5%) e nos transportes (4,1%), acima da inflação.

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